Um olhar para o leste.

Os países ficam mais resilientes quando diversificam o seu portfólio de parceiros comerciais. Olhando para o leste, o país que se destaca é a África do Sul, que por fazer parte dos BRICS torna mais desejável o aumento dessa parceria. A África do sul possui quase 60 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto de 368,3 bilhões dólares, o país é predominantemente cristão (80,6%). No setor primário da Economia Sul-Africana é a extração de minérios como Ouro e Diamante, no Segundo setor tem destaque industria metalúrgica e siderúrgica. No setor terciário é o comércio e o turismo, afinal lá possui inúmeras savanas. O Brasil pode investir nesse mercado consumidor, através de equipamentos industrializados, como Carros, Celulares e periféricos tecnológicos como mouse e teclados (Multilaser e Positivo), tecnológias industriais, o país é rico em commodities que o Brasil possui pouco foco como o trigo e centeio, ouro e diamante. O país possui poucas energias renováveis, é uma oportunidade para o Agro do Brasil realizar reuniões com empresários e agricultores do país para o conhecimento e venda de etanol e biocombustíveis. O setor Têxtil brasileiro também terá muitas oportunidades no país Africano. A África do Sul foi o 4° parceiro do Brasil entre os países da África (participação de 9,8% no total), após Nigéria, Argélia e Egito, e o 37° no mundo (participação de 0,56% no total). Em 2012, as exportações brasileiras para a África do Sul foram concentradas em produtos manufaturados, que corresponderam a 63,3% da pauta, seguidos dos básicos (23,6%) e dos semimanufaturados (12,7%). Em 2011, a África do Sul ocupou a 60ª posição no ranking dos países que enviaram Investimento Estrangeiro Diretos para o Brasil. A África do Sul ocupa a 39ª posição no ‘ranking’ elaborado pelo Banco Mundial no âmbito da pesquisa “Doing Business 2013”, tendo perdido 4 posições em relação ao ano anterior. A piora do resultado deve-se principalmente ao item “Abertura de Empresa” (53ª posição), em razão do aumento dos custos iniciais dos empreendimentos. O prazo médio previsto para a abertura de uma firma é de 13 dias. O país recebeu a melhor classificação geral no item “Obtenção de Crédito”, e a 10ª posição em “Proteção de Investidores”. As piores avaliações, por outro lado, foram aquelas dos quesitos “Obtenção de Energia Elétrica” (150ª posição), “Facilidade para o Comércio Exterior” (115ª posição)e “Resolução de Insolvências” (84ª posição). O país já possui empresas brasileiras como WEG, Vale, Petrobrás e oBoticário. Além da clara capacidade de investimento rentável na África do Sul, o Brasil precisa criar um "softpower", propaganda que nossos produtos são emocionalmente melhores, como a Coca-cola faz em suas propagandas, todos que mexem como comércio sabem que a propaganda é a alma do negócio, e quem compra os produtos não é o Estado, e sim as pessoas que veem os produtos, esse softpower vale para qualquer país. Pedro Lacerda, Estudante de Bacharel em Geografia.