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Um chamado para a realidade da Amazônia

Atualizado: 29 de ago. de 2023

Finalmente, em meio a uma espera que parece ter durado eras, testemunhamos o Brasil, de forma um tanto tardia, "preocupando-se" com sua própria joia natural, a Amazônia. Uma salva de palmas, por favor, para esse espetáculo de responsabilidade! No entanto, antes que sejamos levados pelo êxtase, é crucial analisar a estranha cronologia dessa súbita preocupação e questionar as reais motivações por trás dela.


Pois sim, as queimadas. As imagens de chamas dançantes na floresta, cuidadosamente selecionadas para criar um clima de apocalipse iminente, inundam nossas redes sociais e telas de TV. É quase como se o destino da floresta estivesse selado, e só uma campanha internacional desesperada pudesse evitar sua completa aniquilação. A ironia, claro, reside na narrativa que tenta pintar o Brasil como um país inepto para cuidar de sua riqueza natural, enquanto convenientemente ignora outros fatores ecológicos e econômicos que contribuem para essa situação.


E então, o palco está montado para o grandioso "pseudopreservacionismo". A mensagem é clara: o Brasil é uma criança negligente que precisa de supervisão internacional para não despedaçar completamente a Amazônia. Então, eis que surge o dilema heróico – como culpar a atividade agropecuária pelas toras de árvores caídas e pelas nuvens de fumaça sufocante enquanto escondemos os verdadeiros interesses econômicos sob um manto de preocupação ambiental?


Mas, óbvio, o enredo não estaria completo sem o vilão do nacionalismo. Com um governo “nacionalista” no poder, há uma "ameaça" à exploração estrangeira da região? E aqui surge o belicismo econômico disfarçado de ambientalismo, uma mistura astuta de agendas que se unem para um objetivo comum: acessar os recursos da Amazônia. E não pense que essa coalizão de interesses parou por aí – inimigos internos também se unem, ansiosos para pegar sua parte do butim.


No entanto, há um estudos. O pesquisador Evaristo Eduardo de Miranda, juntamento com mais outros 3 estudiosos e seus astutos analistas de geoprocessamento chegam ao resgate, lançando luz sobre os fatos enterrados sob o peso da narrativa sensacionalista. E não, a Amazônia não é uma terra virgem intocada desde tempos imemoriais. Humanos estiveram lá, cultivaram e deixaram sua marca muito antes das câmeras sociais começarem a clicar.


E quanto às áreas protegidas? Quem diria que 80% da Amazônia já está com um cordão de isolamento verdejante? Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Áreas Militares – a lista é longa, quase uma coroa de louros para os defensores da natureza. Enquanto isso, os amazônidas, quase como mártires modernos, dedicam generosamente suas terras para a preservação, enquanto o governo, com uma piscadela para a ironia, se deleita com suas reservas financiadas por nossos suados impostos.


A genialidade do ministra do Meio Ambiente brilha como uma estrela. Nota fiscal para preservação, porque, obviamente, é assim que a salvação ambiental funciona, certo? E por que parar por aí? Vamos transformar a Amazônia em um shopping center de preservação! As empresas podem comprar seus pedaços de floresta e serem coroadas como defensoras da natureza, com um bônus adicional de lucro.


E então, a peça de resistência – a demanda global por carbono! Quem poderia imaginar que a Amazônia se tornaria a babá universal de carbono? Enquanto o mundo desenvolvido continua a poluir, a Amazônia se esforça para absorver as emissões. Uma inversão impressionante de papéis, onde os que poluem podem continuar a fazê-lo, desde que paguem o preço certo. E quanto a nós, meros brasileiros, bem, parece que estamos sendo convocados para mais uma batalha pela soberania e proteção de nossos recursos.


E assim, a saga continua. O novo imperialismo globalista do século XXI, disfarçado de preocupação global, parece estar saudoso dos dias coloniais em que os tesouros eram levados à força e as terras desmatadas em um frenesi de pilhagem. Mas talvez, apenas talvez, esta seja a hora de desmascarar essa narrativa enganosa e afirmar nossa posição, não como coadjuvantes, mas como guardiões e defensores da Amazônia. Afinal, é nossa terra, nossa responsabilidade e nosso legado em jogo. A revolução do conhecimento está chamando.

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