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O caso do Guarani: Oportunidades para a indústria de defesa brasileira

Um recente caso em que a vulnerabilidade brasileira no âmbito da indústria foi demonstrada, sobretudo a indústria de defesa, foi o caso do blindado Guarani. O governo brasileiro negociava com as Filipinas para o envio de 28 blindados Guarani. O blindado utiliza componentes fabricados pela Alemanha.

Em resposta à negativa do Brasil sobre o envio de tanques Leopard e munições à Ucrânia, o governo alemão impôs um embargo à venda dos blindados brasileiros. O embargo prejudica ao menos em 140 milhões, considerando o valor mínimo de 5 milhões por blindado, podendo chegar ao máximo de 12 milhões, somado aos equipamentos e armamentos.

Após o embargo, o governo brasileiro decidiu escolher uma empresa nacional para fabricar os componentes atualmente produzidos pela Alemanha, como forma de burlar o embargo imposto pelo país europeu. Além do impacto da venda para as Filipinas, o embargo pode também prejudicar as vendas feitas para Gana, cuja produção ainda está prevista para iniciar neste ano.

Ainda que seja uma boa notícia, sobretudo para que as exportações não sejam prejudicadas, mais do que substituir os componentes alemães presentes no Guarani, torna-se necessário também o investimento e a capacitação em pesquisa e desenvolvimento efetuados de maneira nativa no Brasil, por empresas brasileiras. O próprio Guarani é produzido pela IVECO, uma empresa italiana.

Ainda que os dispositivos, peças e sistemas alemães sejam “driblados” nesse caso específico, nada impede que o governo italiano ou o governo de algum outro país que detenha tecnologias desse e de outros de nossos equipamentos atue de maneira similar ao governo alemão, o que diminui a capacidade da indústria brasileira de defesa de se posicionar em um patamar mais alto no cenário geopolítico internacional.


Fontes:


https://www.defesaaereanaval.com.br/defesa/guarani-brasil-produzira-pecas-para-garantir-exportacoes

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