Jackson de Figueiredo foi o principal expoente do catolicismo leigo e politico do Brasil, partindo de uma base ltramontanus ou ultramontana, ele conseguiu desenvolver uma filosofia politica muito próxima a realidade e a tradição brasileira sem romper com a própria igreja católica, uma espécie de interconexão que busca em Roma a sua principal referência.
A defesa das instituições e dos valores nacionais, reforçada pela defesa, a soberania do poder e as prerrogativas do Papa em matéria de disciplina e fé, um elemento digno da tradição conciliadora cristã, seja através de papas como Gelasio, em Plenitudo Potestatis, ou de grandes teólogos da igreja como Santo Tomás de Aquino e Egídio Romano, aonde o poder secular subordina-se ao poder espiritual.
Um dos seus pontos mais fortes é seu anti-liberalismo, para isso ele busca como referências o pensamento de Joseph de Maistre, um Charles Péguy até mesmo um Charles Maurras. Todos eminentemente franceses e que tinham em comum a crítica forte ao liberalismo já baseadas na encíclica Qui pluribus de 1846 e a Syllabus de 1864, além de uma defesa aos valores nacionais de seu pais.
O antiliberalismo e o nacionalismo: Na sua pequena obra 'O Nacionalismo na Hora Presente' podemos observar sinteticamente a visão de Figueiredo, ele diz o seguinte:
"A Pátria deve ser para o nacionalista, tal como diz Maurras, dado indiscutível, pois é condição essencial do desenvolvimento de todo homem cioso de sua dignidade, e portanto, não de uma ordem puramente intelectual mais sobretudo de ordem prática". p.27
Sobre a sua visão contrarrevolucionária, ele diz o seguinte:
"Quando nós, tradicionalistas, nacionalistas, católicos, condenamos a revolução, damos também a este termo uma significação limitada; a revolução é a negação justamente dos dogmas nacionais, paralela quase sempre a negação religiosa". p.29
E conclui no seu sentido mais Peguiyiano:
"Nós nacionalistas só uma obrigação temos a principio: indagar da consciência nacional quais as tradições e os costumes, as ideias que de fato lhe são essenciais". p.27
Referências:
O Nacionalismo na Hora Presente, Jackson de Figueiredo.
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