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Grandes corporações são mesmo necessárias na sua vida?

Atualizado: 14 de set. de 2022


Se você é contra o chamado globalismo e contra a esquerda, então tem uma arma muito poderosa na mão. Mas precisa aprender a usá-la. Spoiler: Esta arma não é a de “mitar” na internet.


Recentemente, houve uma polêmica envolvendo o ParkShopping Bahia, que colocou uma placa dizendo que lá as pessoas eram livres para usar o banheiro do gênero com o qual se identificassem. Tal cartaz viralizou na internet e causou revolta entre os chamados conservadores. Não foi, porém, o primeiro caso. Empresas como Carrefour já usaram anteriormente a palavra “todxs”, inexistente na gramática. A empresa Natura também já havia polemizado colocando o homem trans Thammy Gretchen como “pai” em um comercial de dia dos pais. Todas as situações acima refletem a agenda perversa da militância LGTB (e mais umas 50 letras que desconheço) e, normalmente, seu desfecho é igual: conservadores esperneiam e dão justamente a atenção da qual o movimento vive. Dificilmente quem perde com isso é a empresa que usou tal tipo de marketing. O lema “quem lacra não lucra” não é sempre verdadeiro. Aliás, não é na maioria dos casos. Se você discorda, apenas pense nos exemplos do Carrefour e da Natura. Não lhe parecem empresas saudáveis hoje? Esse shopping movimentado na Bahia também dificilmente sofrerá consequências.


Mas não é só em questões LGBT que grandes empresas “lacram”. Por ocasião da pandemia, vimos o Outback exigir passaporte vacinal para frequentar seus restaurantes. A academia Bodytech também fez um cartaz aos seus alunos propagando a ideia de que todo branco já nasce racista. Mas nenhum desses casos cresceu na internet e não fizeram um por cento do rugido conservador que se ouviu nos casos do carro Polo e da Marvel com o “Superman gay”. A direita conservadora que até hoje não definiu “conservador” apenas passou os dias publicando memes do Superman beijando a Mulher Maravilha e, na ocasião do Polo, fazendo piadinhas com o carro. Aparentemente, isso é o que eles consideram “ser resistência” ao sistema, enquanto muitos deles sucumbiam à vacina para poder viajar e, se sentiam vontade, apresentavam o passaporte para comer no Outback. Consumiam uma comida gordurosa para depois tentar queimar tudo na Bodytech, afinal, é a mais perto de casa. Mas não deixavam de publicar o meme “zueiro” que fazia o sistema “tremer”.


O grande problema é que os ativistas de Facebook têm uma preguiça enorme de prestar atenção ao que não viraliza dentro de sua bolha e por isso boicotam apenas empresas que já lacraram e, portanto, já influenciaram milhões de pessoas. Em suma: só agem quando é tarde demais. O que fazer então? Um grande facilitador na vida é sempre reconhecer padrões. E, de forma geral, quem faz essas coisas são grandes empresas. Maior ainda a tendência se forem multinacionais. Agora no mês de junho, nunca foi tão simples: basta acender o sinal de alerta ao ver as que colorem seus logos com as cores do arco-íris. O lado ruim é que você verá que muitas não são boicotáveis. Unilever, Nestlé, farmacêuticas e companhias aéreas por exemplo, são impossíveis de substituir. Mas pense nas suas cervejas, por exemplo: por que não dar uma chance aos produtores artesanais da região onde mora, em vez de, pela milésima vez tomar uma da Ambev? Ambev, aliás, que recentemente fez uma peça publicitária mostrando com orgulho que chamava seus colaboradores trans pelo nome de escolha. Outro exemplo são restaurantes como o Outback. Por que não dar uma chance à hamburgueria que abriu perto de sua casa? Chocolates Nestlé? Há novas marcas regionais de chocolate surgindo com qualidade excepcional, principalmente em cidades serranas. Mas será que o dono dos pequenos negócios, marcas novas ou produtos artesanais são mesmo de direita? Não importa, se se eles não estão impondo uma agenda que agride a direita, eles são mais merecedores de seu dinheiro do que marcas consagradas que você se viciou em consumir. E, sim, na maioria das vezes, não assinam embaixo da chamada lacração.


Por outro ponto de vista, se repensarmos nosso consumo pelo viés citado acima, daremos oportunidade a vários outros. Bloquearemos o verdadeiro monopólio crescente das grandes corporações, que se fundem cada vez mais, gerando conglomerados cada vez maiores, cuja tendência será sempre a defenderem mais intervenção estatal e ideias de esquerda. Tornaremos nossa economia mais dinâmica e com mais oportunidades aos que não têm milhões para gastar em marketing. E incentivaremos a criação de produtos que ninguém encontrará idênticos em Seul, Nova Iorque, Xangai e Lisboa, como encontramos produtos dos grandes conglomerados. Abriremos a porta para produtos mais tradicionais, para criações verdadeiramente nossas e impediremos que produtos tradicionais se acabem para sempre.


Existe no mundo uma coisa chamada “nacionalismo Starbucks”. É um conceito simples, mas que nos diz exatamente o tipo de empresa que está do lado oposto ao nacionalismo e, claramente, favorável ao globalismo: são aquelas presentes no mundo todo e que fazem questão de serem iguais no mundo todo. Afinal, é nesse tipo de mundo em que o globalismo acredita: um em que tudo seja igual e as diferenças regionais sejam coisa do passado. Parece sutil, mas financiar esse tipo de empresa é tornar essa ideia cada vez mais forte. Empresas não vendem só produtos, mas também ideias. Os seus hábitos de consumo podem parecer pouco diante do dinheiro que essas marcas presentes no mundo todo ganham por segundo. Porém, se você não se importar e continuar consumindo essas marcas, logo consumirá também suas ideias, logo acreditará nas mesmas pautas que eles impõem. Evite tais consumos para proteger a si mesmo de influências nefastas e seja você mesmo um exemplo de que é possível e até melhor viver assim. O boicote pode ser risível do ponto de vista financeiro, mas quando essas marcas veem que não mais conseguem influenciar a população, isso é sim um grande fracasso para elas. O poder é todo seu. Basta escolher melhor onde gastar seus 50 reais. E parar de "mitar" na internet.



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