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CHINA, TAIWAN E EUA, O QUE O BRASIL TEM A VER COM ISSO?

Atualizado: 14 de set. de 2022




Alan Melo, estudante de ciências humanas e economia.


Nos próximos dias (hoje, 01 de agosto de 2022) a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, está excursionando pela Ásia, sobretudo Japão, Coreia do Sul e talvez, algum outro país do sudeste asiático, porém, o que chama mais atenção é sua possível ida a ilha de Taiwan, que, como todos a está momento já devem saber, enfrenta com a China, questões de soberania onde ambos os lados reivindicam legitimidade quanto ao governo, e negam a legalidade do outro. É bom que fique claro, quando Chiang Kai- Sheq, após seu governo ser evacuado para Taiwan, decretou vitória sobre a guerra civil chinesa, nomeando Taiwan como centro do vasto império chinês, o mesmo declarou Mao Tse-Tung com relação a China continental então declarar a legitimidade de um, significa declarar ilegalidade na existência de outro, óbvio que o mundo reconhece o governo de Pequim como o legítimo, não o da ilha.

Neste escopo, sucessíveis incursões aéreas tem apontando para uma invasão iminente da China àquela ilha, e as tensões tem se intensificado sobretudo no governo Trump. Entretanto, a crise no sudeste asiático parece escalar para algo mais perigoso, piloto este alimentando pelos EUA, que parecem querer um conflito armado de grandes proporções naquela região.

A China sabe disso, mas, ainda que só tenha a perder com uma guerra agora, não poderá demonstrar fraqueza ante Taiwan, e principalmente, em relação aos EUA. Tendo isto em face, Pequim já articula meios para impedir o avanço do otimismo taiwanes, enviando volta e meia, aeronaves de reconhecimento e ataque, que em diversas ocasiões, chegam a invadir o espaço territorial marítimo da ilha. Porém, como já mencionado, os EUA não parecem se importar com uma deflagração catastrófica de um conflito na região. A uma semana, a presidente da Câmara dos EUA tem demonstrado interesse na visita à Taiwan, o que representa claramente uma provocação a Pequim, que dificilmente deixará passar ileso este ato dos EUA, óbvio que Nancy Pelosi irá com chancela do decadente Joe Biden, que certamente vê numa escalada de violência da região, uma grande oportunidade de ganhar bilhões, talvez trilhões, alimentando uma guerra por procuração onde China e Taiwan perderão, tendo como vencedores de imediato, os senhores da guerra, aqueles que desde o final do século IXX tem alimentado guerras ao redor do planeta, e tal qual em 2002, ganhar bilhões em pilhagem por onde passam. Os EUA bem sabem que a guerra no leste europeu não irá muito longe, os russos já dominam mais de 35% da Ucrânia, e Zelensky não tem mais da onde tirar dinheiro para transferir aos banqueiros europeus, é uma guerra que já deu o que tinha que da (só do contribuinte americano foram 40 bilhões de dólares¹), e como a combalida economia americana alimenta sua Aquino com sangue inocente, nada mais lógico do que alimentar, se possível, duas frentes de guerra, em locais distintos, evitando dois inimigos distintos, e o que o Brasil tem a ver com isso? TUDO.

O Brasil é um país central nos planos da China, da Rússia e da Índia, e eu direi o porque: somados, Índia e China possuem quase 3 bilhões de pessoas, isso representa quase 45% da população mundial, vivendo em estepes, desertos, regiões acidentadas, escapadas e nem sempre de fácil manejo, não é difícil imaginar o papel de um país como o Brasil, maior potência agropecuária do planeta, neste diapasão incluo a Rússia, país gigantesco com mais de 17 milhões de km quadrados, mas que ocupa, em sua quase totalidade, áreas inóspitas tomadas por gelo, quase que impenetráveis durante os invernos (que o digam Hitler e Napoleão), e que não pode produzir como deveria. Óbvio que o Brasil tornou-se parceiro indissolúvel do bloco por conta de sua capacidade em fornecer matéria prima, mas imaginem a escassez que atingiria o restante do planeta, sobretudo esses dos Brics, se esse parceiro tivesse uma de suas pernas quebradas? Claro que este seria um cenário catastrófico, sobretudo para os próprios brasileiros.

O Brasil possui ricas reservas de minérios responsáveis por fertilizar a terra, e tem em alguns países parceiros que nos torna totalmente dependentes de importação desses minérios, o que se sabe tendo em vista pesquisas preliminares, é que possuímos (Brasil), reservas suficiente da maioria desses minérios², aqui, mas o desmonte da Petrobras e outras subsidiárias³ tem nos tornado cada vez mais dependentes do mercado externo, mas este é um assunto para um próximo artigo.

Enfim, some a atual crise de componentes eletrônicos, semi-condutores, e uma possível crise de reserva de mercado, e teremos o caos instalados, bom, neste quesito somos ainda mais dependentes, já que a importante estatal CEITEC está a vias de ser privatizada⁴.

Não tenho a pretensão de parecer fatalista, mas o que se segue é a tônica da tensão total, e o cenário não parece ser favorável aos países subdesenvolvidos, como o nosso, e totalmente independente de um meio de produção, então a pergunta que se faz quanto o que o Brasil tem a ver com um possível conflito no sudeste asiático? Eu respondo: sua própria soberania, pois os próximos seremos nós e a nossa Amazônia.

Até logo.


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