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A Identidade Brasileira.

Atualizado: 14 de set. de 2022

A Identidade Brasileira é como nós nos identificamos como civilização. A Identidade nacional está quase sempre conectada com o território nascido, o que foi um desafio histórico para o Brasil, já que passou 300 anos de sua história como Colônia de Portugal. O primeiro sinal de identidade foi em 1641 por Amador Bueno, na época, o Reino de Portugal estava muito enfraquecido, por travarem uma disputa com o Reino da Espanha pelo reestabelecimento de suas Colônias, dado pelo fim da União Ibérica (1580-1640), que ocorreu pela crise de sucessão do trono Português. As capitanias de São Vicente, no total, todas as capitanias do sul, eram pobres e davam pouco interesse a Portugal, o centro era o Nordeste, mais especificamente a Capitania de Pernambuco, também chamada de Nova Lusitânia, a economia era baseada na Cana-de-Açucar e os seus derivados, como o açucar e a rapadura. Amador Bueno foi declarado Rei de São Paulo incentivado pela elite Espanhola que trabalhava nos bastidores para que os europeus e outros brasileiros o apoiasse. Logo após a rebeldia por parte da Capitania de São Vicente, no início da década de 1640, Nos finais de 1640 na Europa, D. João IV restaura o trono português e propõe um armistício de 10 anos com a Holanda, reconhecendo a conquista de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte (Nova Holanda), no entanto, a Holanda não respeitou a trégua e ampliou os seus domínios, conquistando o Maranhão e o Sergipe. (FARIA, 2015, p.47). Insatisfeitos com a expansão Holandesa sobre o território Brasileiro, ocorre em 1645 a Insurreição Pernambucana. Bravamente a elite e a população local se reuniram e firmaram um compromisso de proteger as terras e a população de qualquer inimigo, principalmente restaurar a pátria, ocorre então a Batalha do Monte Tambocas. Antônio Dias Cardoso, nascido em Portugal, veio para o Brasil ainda muito novo, e criou um metódo chamado "Guerra Brasílica", treinou centenas de cívis. Na 1° Batalha de Guararapes tornou-se sargento-mor na Tropa de Fernando Vieira e durante a primeira batalha, ocorreu então a união do Homem Branco (Dias Cardoso), do Homem indígena (Felipe Camarão) e do Homem preto (Henrique Dias), essa união foi eficaz e indispensável para vitória contra os exploradores e imperialistas Holandeses. Em 1649 ocorria a Segunda Batalha dos Guararapes, os holandeses tentaram fazer uma aramadilha contra o exército luso-brasileiro, mas não funcionou. Após três horas de guerra, os holandeses se dissolveram. Nesse segundo confronto, ocorreram cerca de 1.500 baixas (mortos, feridos ou aprisionados) na tropa holandesa e 300 luso-brasileiros. O êxito na batalha permitiu manter o cerco a Recife e estabelecer o fim do império holandês no Brasil. (FARIA, 2015, p.64). O próximo entrave entre os luso-brasileiros contra os estrangeiros ocorreu em 1708-1709, a Guerra dos Emboabas, A Capitania de São Vincente era totalmente diferente das capitanias nordestinas, pois ela tinha só o comércio local como foco e não possuia escravos africanos para produzir, o que obrigava eles a adentrar o território em busca de indígenas, e então eles acham ouro nas regiões de Minas Gerais. Logo em seguida Portugueses descobrem e vão para Minas Gerais em busca do ouro. O principal motivo do conflito foi a dominância sobre o Ouro, os bandeirantes paulistas queriam exclusividade, mas os emboabas já estavam lá, o que fez a Corte Portuguesa investir nos emboabas, que eram portugueses e outros europeus. "O principal objetivo dos emboabas era enfraquecer o domínio paulista. Para isso, Manuel Nunes Viana liderou expedições para o combate. Os paulistas eram liderados pelo bandeirante Borba Gato. Foi numa região chamada Capão da Traição, em lugar próximo da atual cidade mineira de Tiradentes, que paulistas e emboabas travaram a batalha mais trágica e determinante para o destino da guerra. Os emboabas derrotaram os paulistas e conseguiram exercer o seu domínio. (Brasil Escola). Nas consequências, a Coroa Portuguesa resolveu intervir diretamente e fazer uma fiscalização muito dura, e a cobrança do Quinto não agradou os mineradores que cada vez mais nutria o ódio pela Monarquia, e começava ali o sonho de independência, não só mas também a economia do Brasil Colônia passou a se diversificar, pois não era mais dependente da exportação dos minerais para Lisboa, o comércio local, ou seja, entre as vilas se tornou lucrativo. Com isso Brasil começa ter uma independência financeira. Em 1720, ainda sobre as consequências da Guerra dos Emboabas, ocorre a Revolta de Vila Rica é também conhecida como Revolta de Filipe dos Santos, em virtude de esse ser o nome do seu líder. Tratou-se de um movimento ocorrido em 1720 que almejava a mudança econômica e social do Brasil, a qual consistia especialmente na implantação do regime republicano para que o país pudesse se libertar da exploradora colônia portuguesa. Portugal criou uma casa de fundição e Moeda e todo o ouro teria que passar por lá para ser considerado utilizável para o comério, e claro, lá era cobrado os 20% de impostos. O líder da rebelião era um Fazendeiro Português, o grupo de pessoas insatisfeitas com a agressividade da Corte, ocupam Vila Rica e exigem o fim da Casa de Fundição e Moeda, o rapidamente o vassalo Governador Conde Assumar acalma os manifestantes, apenas para deixá-los sem ter como reagir, numa estratégia contra liberdade de expressão, o Assumar convoca 1500 soldados e os prende, o líder teve a condenação dada em 15 de julho de 1720, onde foi injustamente enforcado e teve seu corpo esquartejado. Antes de morrer, Filipe dos Santos heroicamente teria dito a frase: “Jurei morrer pela liberdade. Cumpro minha palavra.”. Na década de 1780, começa outra "conspiração" contra à Coroa Portuguesa, causado por mais aumento dos impostos, devido Terremoto ter destruído Lisboa. A Elite que organizou a "conspiração", queriam independência e a instauração de uma república aos moldes dos Estados Unidos que obteve sua indepedência em 1776, também defendiam o incentivo a instalação de manufaturas para diversificar a produção e aumentar a riqueza, cabe destacar que em 1760 ocorreu a primeira revolução industrial, ou seja, o Brasil queria se industrializar para se desenvolver. Acaba que Portugal ficou sabendo, organizou as investigações, suspendeu a Derrama que era um dispositivo fiscal para assegurar 100 arrobas anuais, essa suspensão serviu para acalmar a elite local, o Visconde de Barbacena recebeu denúncias, mandou ocorrer prisões e interrogatórios, achou os "conspiradores", vários foram condenados à forca, mas D. Maria I, perdoou todos, menos um, o Tiradentes, que foi injustamente enforcado no dia 21 de Abril de 1792, no Rio de Janeiro, teve o seu corpo esquartejado, partes do seu corpo foram jogadas na estrada que liga Rio-Minas, e teve sua cabeça cortada em exposição na praça central de Vila Rica até apodrecer, esse modo bárbaro que Portugal fez com Tiradentes servia para mostrar a outros não tentar ficar contra à Corte, que iriam ter o mesmo fim que Tiradentes, torturado e morto, mas se não bastasse, não seria honradamente enterrado, mas tendo o seu corpo despedaçado e jogado aos montes. Logo após o fim da Inconfidência Mineira, ocorre a Conjuração Baiana, também conhecida como Conjuração dos Alfaiates, foi uma conspiração de caráter separatista e republicano que aconteceu na cidade de Salvador e que foi descoberta pelas autoridades locais em 1798. Esse movimento foi resultado da insatisfação das elites locais com o domínio metropolitano e também manifestou o descontentamento popular, sobretudo com a falta de alimentos. (Mundo Educação). A População queria não apenas e com razão a Independência de Portugal, mas o fim do trabalho escravo e o livre comércio. As investigações levaram à prisão injusta de quarenta e sete pessoas, das quais três foram decapitadas e tiveram os seus corpos esquartejados, e essas partes foram colocadas em exposição em diferentes pontos de Salvador, novamente para demonstrar o poder absoluto e opressor de Portugal. A partir do século XIX, Brasil se torna metrópole, devido a chegada da Corte ao Brasil por causa das guerras napoleônicas que assolavam a Europa, em 1820 o Rei precisa voltar para Portugal por causa da Revolução do Porto, para reconstrução do país, deixa seu filho, o D. Pedro I que proclama a Independência de Portugal em 1822, em 1888, ocorre a proclamação da República do Brasil. A Identidade é a junção do Nacionalismo com Patriotismo, a Nação nasce com o desejo de independência de Portugal por Amador Bueno sendo proclamado Rei de São Paulo e com a junção de etnias, do Branco, do Preto e do Indígena, Antônio Dias Cardoso, Felipe Camarão e Henrique Dias, junto com a Guerra dos Emboabas, Revolta de Vila Rica e Inconfidência Mineira, que tem como pessoas Borba Gato, Felipe Dos Santos, Tiradentes, que tinham desejo que o Brasil se tornasse uma República, um local de livre comércio, ou seja, um país nativamente capitalista e crescesse, e se desenvolvesse e se tornasse autossuficiente. Muitos Brasileiros tem na mente que o início do sentimento brasileiro ocorreu com a proclamação da independência, mas você sabe o motivo do D. Pedro I declarar independência em São Paulo e não no Rio de Janeiro? Foi em São Paulo que foi proclamado o primeiro Rei do Brasil, que foi Amador Bueno. E esses heróis nacionais não eram conspiradores, como quer Portugal manter nas mentes dos Brasileiros. Temos uma história rica de bravos guerreiros que lutaram contra a opressão europeia, sejam eles Holandeses, sejam eles Portugueses, destaco aqui Maria Ortriz que na época da invasão holandesa no Espirito Santo lutou contra soldados da Holanda, e fez eles voltarem correndo. Diferente dos outros países, o Brasil tem varias etnias e gêneros que uniram e lutaram contra os exploradores e imperialistas europeus, em prol de uma nação livre, com liberdade econômica, com menos impostos, e patriótica. Pedro Lacerda, Estudante de Bacharel em Geografia. Fontes:


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